terça-feira, 8 de maio de 2012

Juventude e política: o elo perdido

O jovem brasileiro passa por um processo de alienação enquanto caminho de inclusão e participação na arena decisória da vida política nacional. O motivo desse distanciamento e falta de interesse por participar em uma atividade que já foi um campo privilegiado da ação dos jovens não pode ser atribuído, no entanto, apenas a uma crise de valores dominante na conjuntura política nacional.
O fenômeno é complexo e só pode ser compreendido como processo histórico e social. O regime militar foi precedido por uma intensa atividade dos jovens brasileiros, que, mesmo durante parte da ditadura, foram um dos principais atores políticos e, talvez, aqueles que de maior visibilidade, pela constante presença na praça pública.
A ação repressiva dos anos 70 cassou a palavra desses jovens e os empurrou para a luta armada. O sacrifício de parte dessa juventude, por outro lado, criou no seio familiar o temor de que seus filhos se envolvessem com política, passando a desencorajar sua inserção no meio.
A redemocratização do País parecia um chamamento à participação cidadã. No entanto, o caldo cultural em que o jovem está imerso e o intenso processo de individualização tornaram a política pouco atraente. Some-se a isso, a extrema dificuldade de inserção na vida política partidária, vista como uma coisa suja e onde os espaços ocupados por seus mandatários já estão sendo reservados para seus herdeiros políticos. Fonte: diariodonordeste

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