quinta-feira, 8 de março de 2012

Prefeitura de Santa Bárbara garante que contrato das casas sai na sexta

Fonte:G1

Executivo nega que assinatura esteja atrasada e justifica demora no trâmite.
Enquanto esperam, moradores vivem em condições precárias no município.

Casas devem ser entregues em lotes, a partir de
junho deste ano (Foto: Cláudio Mariano/sbonews)
A Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste, no interior de São Paulo, afirmou que a assinatura do contrato com a empresa responsável pelas obras do Loteamento Santa Fé, que possibilita a entrega das 109 casas aos moradores do acampamento Zumbi dos Palmares, será realizada nesta sexta-feira (9). Segundo os beneficiários, a administração havia prometido, em assembleia no dia 13 de fevereiro, que o contrato seria assinado em 15 dias. O Executivo negou que o documento esteja atrasado e justificou a demora na assinatura.
"Lembro que houve carnaval e ponto facultativo. Tenho certeza que o engenheiro deve ter dito a palavra 'cerca' de 15 dias. Portanto, estamos no prazo”, afirmou o Executivo, por meio de sua assessoria de imprensa. A assessoria lembrou, ainda, que a entrega será feita em lotes, compostos por oito unidades cada.
Sete dias após ser questionada pela reportagem do G1 Piracicaba e Região, a assessoria informou que o engenheiro precisou fazer justificativa das mudanças necessárias a partir do novo contrato. Em nota, disse ainda que a Fazenda realizou a reserva financeira e o setor jurídico precisou fazer um parecer, já aprovado pela Administração para a elaboração do contrato, e, agora, estão colhendo as assinaturas para entrar em vigor, processo que levou tempo. Segundo a assessoria, o novo contrato deve entrar em vigor dentro de uma semana.
Enquanto aguardam casas, moradores vivem em
más condições (Foto: Cláudio Mariano/sbonews)
Enquanto aguardam os trâmites, moradores vivem em situação precária no Zumbi dos Palmares, com esgoto ao ar livre e más condições de higiene. “Faz cinco anos que essas casas estão em construção e a Prefeitura nunca entrega. Aqui tem muitos barracos caindo e a gente não vai reformar, primeiro porque ganha pouco e, segundo, porque não queremos gastar dinheiro com algo que vai mudar. Mas com esse calor, ficar aqui é difícil, a gente não suporta o mau cheiro”, disse a cozinheira Maria do Carmo da Conceição.

Demora na entrega
O Executivo admite a demora na entrega das casas, desde o início das obras, e explica que eles ocorreram devido às chuvas intensas que desmancharam o trabalho de preparação do terreno. Atribuiu, ainda, o atraso à "burocracia da Caixa Econômica Federal (CEF), às duas greves do mesmo banco, às mudanças no projeto, aos preços defasados, à burocracia da reprogramação do repasse do Ministério das Cidades, além de vandalismo". Os primeiros lotes devem ser entregues até junho deste ano.

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