terça-feira, 29 de novembro de 2011

População desaprova aumento de subsídio de vereadores

Fonte: Diário de Santa Bárbara

Uma proposta na Câmara Municipal de Santa Bárbara d'Oeste sobre o aumento em até 37% no subsídio dos vereadores que assumirão a Câmara Municipal em janeiro de 2013, já está em discussão. Em pesquisa, a população consultada na área central da cidade, desaprovou em 100% o reajuste salarial. O projeto sobre esse assunto deverá ser protocolado nos próximos dias para votação.
"Sobre o aumento de salário dos vereadores, é uma vergonha essa proposta. Prometeram muito e nada realizaram. Se elegeram para melhorar a cidade e a vida dos eleitores e nada fizeram. Quem sabe, na próxima eleição, a população pensará melhor antes de dar seu voto "a um amigo" ou aquele que é mais "simpático", disse a bacharel em Direito, Vilma Lourenço Fahl. O barbarense Idário Penko propôs o mesmo valor do salário mínimo brasileiro aos vereadores. "Se os nobres políticos ganhassem o mesmo salário mínimo que a população recebe, pensariam duas vezes antes de se candidatarem ao cargo político", afirma.
Na última sessão camarária, os vereadores se reuniram para definir a inclusão de onze projetos na ordem do dia e discutiram também sobre esse assunto. O presidente Erb de Oliveira Martins, Uruguaio afirmou anteriormente ao Diário que o aumento no subsídio deve ficar entre 5% a 7% e será apenas a reposição da inflação.
A munícipe Neide Rosado reprova o aumento e se prostra indignada com a proposta. "Deveriam manter o mesmo valor mensal. O salário é muito para a quantidade mínima de trabalho", disse.
"Eles não merecem reajuste tão alto. Se os vereadores trabalhassem de fato em prol à comunidade e não a benefício próprio eles nem questionariam reajuste salarial para o próximo ano", disse Ariovaldo Inácio.
Para Fernando Godoy e Dulce Menezes Freitas, o salário deveria diminuir ao invés de aumentar. "É um absurdo, a população espera até hoje as indústrias que os políticos prometeram trazer à cidade, mas até agora o que vimos é várias empresas irem embora", disse Godoy.
A barbarense Sônia Aparecida Helena também não aprovou o reajuste e defende o aumento do salário mínimo à população. "A população é quem deveria ter reajuste salarial e não os vereadores. Não recebemos nem a metade do salário desses políticos e agora eles querem aumentar para o ano que vem, é revoltante", disse Sônia.
O impacto máximo para a Câmara Municipal com esse aumento no subsídio dos novos vereadores será em torno de R$ 102 mil, considerando que cada parlamentar recebe hoje subsídio de R$ 5,8 mil, tem um limite R$ 1,5 mil para gastos de gabinete e mais R$ 7,3 mil para os gastos com o salário de seus assessores. Eles podem contratar até cinco assessores. O orçamento da Câmara para o atual exercício é de R$ 8,6 milhões. Para 2013, a previsão é de mais ou menos R$ 10 milhões.

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