Estrutura contra inundação é inadequada em 9 cidades

Cheia no Jardim Conceição, em

 Santa Bárbara d’Oeste, em 2010

Fonte: Todo Dia
Fonte Foto: Todo Dia

Nove cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas) não possuem estrutura adequada para evitar inundações. É o que aponta o Atlas de Saneamento divulgado ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com base no ano de 2008. Segundo o instituto, estes municípios tiveram problemas na área urbana todos os anos entre 2004 e 2008.

Inundação, segundo a Defesa Civil, é um dos dois tipos de enchente (o outro é alagamento), e fica caracterizada pelo rápido aumento do nível dos rios, o que pode causar estragos na área urbana.

Os dados do levantamento listam Americana, Artur Nogueira, Hortolândia, Indaiatuba, Jaguariúna, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Sumaré e Valinhos. De acordo com a assessoria de imprensa do instituto, na maioria dos casos as obras nas cidades até eram eficientes para conter as águas das chuvas, mas, em função do crescimento demográfico e habitacional, se tornaram defasadas.
Em cinco cidades (Americana, Artur Nogueira, Hortolândia, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré), o IBGE aponta ocupação intensa e desordenada do solo.

“Esse é um setor ainda incipiente no País, pois dos 5.564 municípios brasileiros apenas 11,9% possuem algum dispositivo de contenção de águas pluviais. Em todas as regiões é baixo o percentual de municípios que tratam do assunto, com taxas abaixo de 20%”, apontou Amanda Estela Guerra, pesquisadora da Coordenação de Geografia do IBGE.

Para ela é importante, ainda, a manutenção, com limpeza e conservação periódica das unidades que compõem o sistema de drenagem urbana, como bocas de lobo, redes coletoras, emissários, dispositivos de amortecimento de vazão e bacias de dissipação de energia.

Outro ponto destacado pela pesquisadora é que 40,8% dos municípios do País sofreram com inundações na área urbana no período analisado.

INVESTIMENTOS

A Prefeitura de Indaiatuba afirmou que o problema de inundações em área urbana no município já foi resolvido por meio de uma obra de prolongamento de galerias de águas pluviais, concluída em 2010. A Prefeitura de Sumaré ressaltou que, entre 2006 e 2009, não registrou enchentes, que vem buscando recursos estaduais e federais para implantação de galerias de águas pluviais e que hoje o crescimento da cidade é feito de forma controlada.

A Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Santa Bárbara d’Oeste lembrou que recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2 serão revertidos a obras para sanar o problema e que está sendo realizado o desassoreamento do Ribeirão dos Toledos. Até as 18h45 as demais prefeituras não responderam à solicitação, feita por email às 16h15 (veja abaixo informações da Prefeitura de Americana).