Hoje mais do que nunca o objetivo de muitos é emagrecer, não
importando o custo disto. Com isso, muitas dietas são criadas,
prometendo resultados tão rápidos quanto a velocidade com que se
propagam.
De uma maneira geral, todas estas dietas são muito restritivas tanto
em termos de alimentos que podem ser consumidos, quanto em termos
calóricos.
Aqui já temos um primeiro problema: a limitação dos alimentos é um
fator crucial para a adesão do indivíduo à dieta. Normalmente ele a
segue durante um certo tempo e depois não consegue mantê-la. É por isso
que hoje em dia se opta pela reeducação alimentar, onde não
necessariamente se reduz muito a quantidade de comida, mas ensina-se a
fazer as escolhas certas.
Daí alguém mais ansioso poderia questionar: Mas se este pequeno tempo
que eu sigo a dieta me fizer emagrecer um pouco já não está bom? Neste
caso, deparamo-nos com o segundo problema: a restrição em termos
calóricos.
Claro que emagrecer é uma questão de redução de calorias ingeridas e
aumento das calorias gastas, mas o que ocorre é que esta redução nas
calorias ingeridas não pode ser muito drástica.
Estudos comprovam que dietas radicais podem levar á alterações de
humor e ainda podem não ser suficientes para fornecer as quantidades
ideais de vitaminas e minerais essenciais para o bom funcionamento do
corpo humano.
Outro problema destas dietas restritivas é que no início elas
realmente proporcionam uma perda de peso rápida. Mas isto ocorre às
custas da diminuição dos seus estoques de glicogênio (a forma como
armazenamos a energia dos carboidratos no nosso corpo).
Isto provoca a diminuição de uma das suas reservas mais imediatas de
energia, podendo até prejudicar o seu desempenho em atividades físicas e
proporciona um falso emagrecimento: ao perder glicogênio armazenado,
perde-se também água. E a gordura, que era o que realmente interessava?
Além disso, está comprovado que dietas com baixas calorias promovem
uma diminuição da sua taxa de metabolismo de repouso (que é a quantidade
de energia gasta pelo seu organismo para se manter vivo durante 24h).
Isto significa que, gradativamente, o seu corpo “se adapta” à restrição
alimentar, só que da pior forma possível: queimando menos calorias!
O organismo passa a gastar menos calorias para permanecer em repouso
porque, para completar, ele ainda está perdendo massa muscular, ao invés
de gordura! Estudos recentes comprovaram que após um período de dieta
com baixas calorias, o indivíduo perde massa gordurosa, mas também uma
grande parte de massa magra (principalmente músculos).
Para completar, estudos indicam que após uma dieta de restrição
alimentar, os indivíduos tendem a voltar a se “re-alimentar” em excesso,
provocando o famoso efeito io-iô… sendo que a cada retorno ao ciclo,
torna-se mais difícil perder a mesma quantidade de gordura e,
invariavelmente, menor tempo é necessário para readquiri-la. Isto sem
falar que obviamente o peso ganho é maior em gordura do que em massa
magra…
Com isso, parece claro que as dietas restritivas não passam de
promessas inescrupulosas: prometem uma perda rápida de peso e realmente o
fazem, porém às custas de sérios prejuízos para o seu organismo.
Neste sentido, é muito melhor perder peso lentamente, porém com uma
alimentação orientada por um profissonal especializado, que atenda todas
as suas necessidades nutricionais essenciais, e principalmente
conservando a sua saúde e qualidade de vida.
Não imagine que a nutricionista será aquela profissional chata que só
nos proíbe de comer… Ledo engano… Ela é a profissional que estudou os
alimentos, seus nutrientes e seus efeitos no organismo. Assim, ela está
aí para nos orientar quanto ao que devemos comer para obtermos o máximo
benefício de nossa alimentação.
Tenha cuidado, emagrecer não deve ser o sacrifício de não se
alimentar, deve ser nada mais do que comer bem, respeitando as adequadas
quantidades e qualidade de sua alimentação.
Elaborado por Mariana Maciel (CRN3 9723), nutricionista da Clínica Nutriente – SP. Fonte:buscasaude
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