terça-feira, 8 de maio de 2012

"Auto-hemoterapia" A técnica medicinal polêmica ganha adeptos na região

Procedimento que consiste na retirada de sangue para reaplicação em um músculo é rechaçado pela maior parte da classe médica
Auto-hemoterapia ganha adeptos, mas também desperta polêmica
A auto-hemoterapia - que consiste na retirada do próprio sangue para reaplica-lo em um músculo com o objetivo de aumentar a resistência do organismo às doenças - vem ganhando adeptos na RPT (Região Polo Têxtil).
O procedimento, entretanto, não é reconhecido pelos Conselhos de Medicina e é rechaçado por parte da classe médica. Enfermeiros e farmacêuticos chegam a cobrar R$ 20 por aplicações, cuja quantidade de sangue varia dependendo do objetivo do paciente.
Segundo o médico, Luiz Moura, espécie de guru dos adeptos da prática medicinal, a auto-hemoterapia é um recurso terapêutico de baixo custo, que se resume em retirar sangue de uma veia e aplicar no músculo, estimulando assim o sistema retículo-endotelial, quadruplicando os macrófagos em todo organismo.
"A técnica é simples: retira-se o sangue de uma veia comumente da prega do cotovelo e aplica-se no músculo, braço ou nádega, sem nada acrescentar ao sangue. O volume retirado varia de cinco ml a 20 ml, dependendo da gravidade da doença a ser tratada. O sangue, tecido orgânico, em contato com o músculo, tecido extra-vascular, desencadeia uma reação de rejeição do mesmo. A medula óssea produz mais monócitos que vão colonizar os tecidos orgânicos e recebem, então, a denominação de macrófagos", explica Moura, que já foi alvo de processos por parte do Conselho Federal de Medicina por aplicar e divulgar a técnica.
Na RPT, a técnica ganha cada vez mais adeptos. Não existe um número exato até em função da "clandestinidade" das aplicações.
No entanto, segundo um enfermeiro, que pediu anonimato, as aplicações chegam a quatro por semana.
"Geralmente acontecem em Americana e Santa Bárbara d'Oeste, mas fiz aplicações em Sumaré e Nova Odessa, também. Já houve casos em que não teve resultado, mas em grande parte os pacientes ficam satisfeitos", disse.

Tratamento em qualquer lugar
Moura resume a crescente demanda: "O tratamento pode ser feito em qualquer lugar porque não depende nem de geladeira - simplesmente porque o sangue é tirado no momento em que é aplicado no paciente, não há trabalho nenhum com esse sangue. Não há nenhuma técnica aplicada nesse sangue, apenas uma pessoa que saiba puncionar uma veia e saiba dar uma injeção no músculo, com higiene e uma seringa, para fazer a retirada do sangue e aplicação no músculo, mais nada. E resulta num estímulo imunológico poderosíssimo".
De acordo com ele, a técnica deve ser repetida a cada sete dias.
Uma dona de casa, que faz o tratamento em função de um problema gástrico, afirmou que a técnica resultou na melhora do problema.

"Já senti melhora sim, mas ainda é preciso terminar. Já fiz tantos tratamentos e nada adiantou. Vamos aguardar, mas estou confiante", disse. Fonte: Liberal

3 comentários:

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  3. "Enfermeiros e farmacêuticos chegam a cobrar R$ 20 por aplicações"
    Ao mês sai a R$ 80,00. Mas diante de seus efeitos, isso não é nada, é quase de graça. Mas ao interessado, há ainda a possibilidade de fazer em casa, após aprender as corretas técnicas e os cuidados necessários. O que um enfermeiro pode ensinar. Eu aprendi e já fizemos em casa, entre parentes, mais de 1000 aplicações sem qualquer complicação. Eu já recebi mais de 280. Mais de 1,5 litros de meu sangue nos meus músculos criteriosamente colhidos e injetados. E disso colhi saúde. E DE GRAÇA!

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