sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Novo edital deve sair em outubro, mas TAV, só em 2019

Fonte: Todo Dia
 
Trem-bala que deverá ligar Campinas-São Paulo-Rio poderá custar
 até R$ 50 bi, segundo a iniciativa privada.
 
O novo edi­tal do TAV (Trem de Alta Ve­lo­ci­da­de) será dis­po­ni­bi­li­za­do para au­di­ên­cia pú­bli­ca em ou­tu­bro, po­rém, a es­ti­ma­ti­va do go­ver­no é que o trem saia do pa­pel só em 2019, três anos mais tar­de que o pra­zo ini­ci­al. A in­for­ma­ção foi dada pelo di­re­tor-ge­ral da ANTT (Agên­cia Na­ci­o­nal de Trans­por­te Ter­res­tres), Ber­nar­do Fi­guei­re­do, que par­ti­ci­pou da 17ª Se­ma­na de Tec­no­lo­gia Me­tro­fer­ro­vi­á­ria, em São Pau­lo. “Es­ta­mos con­cluin­do até o iní­cio da pró­xi­ma se­ma­na a úl­ti­ma ro­da­da de ne­go­ci­a­ções para, a par­tir de ou­tu­bro, co­lo­car o edi­tal em au­di­ên­cia pú­bli­ca, dis­po­ní­vel para ajus­tes”, afir­mou. Ini­ci­al­men­te, a pre­vi­são era que a au­di­ên­cia pú­bli­ca ocor­res­se em agos­to. Se­gun­do Fi­guei­re­do, a pre­vi­são é que o edi­tal de­fi­ni­ti­vo, que se re­fe­re à pri­mei­ra fase da li­ci­ta­ção, seja di­vul­ga­do em no­vem­bro, e o lei­lão, no pri­mei­ro se­mes­tre de 2012. “Acre­di­ta­mos que os gru­pos pre­ci­sa­rão de qua­tro a seis me­ses para se or­ga­ni­za­rem. Mais pra seis do que pra qua­tro”, afir­mou.
Na es­ti­ma­ti­va do go­ver­no, o em­pre­en­di­men­to cus­ta­rá R$ 35 bi­lhões, mas a ini­ci­a­ti­va pri­va­da cal­cu­la mais de R$ 50 bi­lhões.
O go­ver­no che­gou a re­a­li­zar em ju­lho, após dois adi­a­men­tos, um lei­lão para a con­ces­são do TAV, mas a ini­ci­a­ti­va fra­cas­sou por­que ne­nhu­ma em­pre­sa apre­sen­tou pro­pos­ta. O go­ver­no anun­ciou en­tão que ado­ta­rá um novo mo­de­lo de li­ci­ta­ção, em duas eta­pas: uma para se­le­ci­o­nar a tec­no­lo­gia a ser usa­da e quem cui­da­rá da ope­ra­ção do trem, ou­tra para es­co­lher o res­pon­sá­vel pela cons­tru­ção da fer­ro­via que li­ga­rá Rio de Ja­nei­ro, São Pau­lo e Cam­pi­nas.
PRE­VI­SÃO
A ex­pec­ta­ti­va do go­ver­no é de que o trem-bala seja con­clu­í­do em 2019, três anos após a úl­ti­ma pre­vi­são, fei­ta an­tes do lei­lão mar­ca­do para ju­lho, que era 2016. Ber­nar­do Fi­guei­re­do es­ti­ma que os es­tu­dos de en­ge­nha­ria le­va­rão en­tre um ano e um ano e meio para fi­ca­rem pron­tos.
O di­re­tor anun­ciou que as obras se­rão di­vi­di­das em pelo me­nos dez lo­tes. “Que­re­mos a par­ti­ci­pa­ção am­pla de vá­ri­as cons­tru­to­ras, in­clu­si­ve de pe­que­nas e do ex­te­ri­or”, dis­se. Ele tam­bém reafir­mou que o go­ver­no as­su­mi­rá a res­pon­sa­bi­li­da­de de pa­gar a con­ta, caso a de­man­da não seja su­fi­ci­en­te para que o ope­ra­dor do TAV (ven­ce­dor da pri­mei­ra fase da li­ci­ta­ção) pa­gue o ar­ren­da­men­to com­bi­na­do pelo uso da in­fra­es­tru­tu­ra (co­bra­do pelo ven­ce­dor da se­gun­da fase), já que uma par­te do va­lor do alu­guel será fixa e ou­tra de­pen­de­rá do nú­me­ro de pas­sa­gei­ros.
Se­gun­do Fi­guei­re­do, con­ces­si­o­ná­ri­as de ro­do­vi­as como a CCR, a Eco­Ro­do­vi­as e a In­ve­par es­tão in­te­res­sa­das no pro­je­to, após um con­tato da As­so­ci­a­ção Bra­si­lei­ra das Em­pre­sas de Trans­por­te Ter­res­tre de Pas­sa­gei­ros com o Mi­nis­té­rio dos Trans­por­tes.
No novo edi­tal, a Etav - es­ta­tal cri­a­da para ser só­cia do pro­je­to - deve in­ves­tir ape­nas R$ 3,4 bi­lhões, como pre­vis­to an­te­ri­or­men­te. Mas o va­lor pode su­bir. “Se a ini­ci­a­ti­va pri­va­da não se in­te­res­sar pelo pro­je­to nes­sa for­ma, tra­ba­lha­mos com a hi­pó­te­se de au­men­tar o va­lor da par­te da Etav. O que não tra­ba­lha­mos é com a hi­pó­te­se de o pro­je­to não sair”, dis­se Fi­guei­re­do.

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