quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Mortes causadas pela malária caem 38% em dez anos

Fonte: Veja

Segundo relatório, queda representa mais de um milhão de vidas salvas

Fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são agentes transmissores da malária
Fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles são agentes transmissores da malária

A luta contra a malária reduziu em 38% a mortalidade decorrente da doença em dez anos, o que significou salvar mais de um milhão de vidas, segundo um relatório da associação Roll Back Malaria (Retardar a Malária, numa tradução literal), publicado esta segunda-feira.
"No mundo todo houve uma redução da mortalidade de 38%, com mais de um milhão de vidas salvas desde o ano 2000", declarou a professora Awa Marie Coll-Seck, encarregada da associação. Fundada em 1998, a Roll Back Malaria lidera a ação coordenada contra a doença, cujo foco principal é a África Subsaariana. A África tem 80% dos casos e 90% das mortes causadas por malária.
"A Suazilândia reduziu os casos em 80%, a África do Sul já quase não tem casos e a Namíbia talvez tenha cem casos por ano", acrescentou Coll-Seck. "Mas não se deve diminuir os esforços", destacou.
Outro avanço foi a passagem "de 100 milhões de dólares no plano internacional em 2003 para a luta contra a malária para 1,5 bilhão de dólares em 2010, ou seja, um financiamento multiplicado por 15 em menos de dez anos", afirmou a encarregada.
Coll-Seck disse que a crise econômica atual causa preocupação e por isso deseja que países como Brasil, Índia e China se envolvam no financiamento.
Mosquiteiros impregnados com inseticida, pulverizações de inseticidas nos muros das casas e acesso a medicamentos fabricados a partir de uma combinação terapêutica baseada em artemisinina (CTA/ATC) formam parte das medidas preconizadas por esta associação.
O especialista disse que a prevenção é aplicável a mulheres grávidas, que são "muito vulneráveis, pois há quatro vezes mais malárias nas gestantes do que entre adultos da mesma idade".

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