terça-feira, 16 de agosto de 2011

Acidente que matou professoras carbonizadas completa dez anos

Fonte: Todo Dia

Capa do TodoDia dois dias depois da tragédia: luto
nas cidades
“13 morrem carbonizados”. Essa foi a manchete do TodoDia há dez anos, quando um caminhão baú atravessou o canteiro central da Rodovia Anhangüera, no km 100, em Campinas, e tombou sobre uma van com 11 professoras - nove de Sumaré e duas de Hortolândia. Todas morreram carbonizadas.
A notícia chocou não só os familiares e amigos das 13 vítimas, mas a população em geral das cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas). Seis mil pessoas passaram pelo velório coletivo de sete professoras em Sumaré. Mil alunos ficaram órfãos de seus educadores. O governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), decretou luto de um dia.
Dez anos depois, a memória de quem assistiu a tragédia ainda não foi apagada e a saudade é soberana nos corações dos familiares, não mais a dor. “Os três primeiros anos foram os mais difíceis, mas não podemos parar. Eu e meus três irmãos continuamos tocando nossas vidas, nos casamos, construímos outras famílias. O que fica mesmo é a saudade”, comentou o filho da professora Raquel Saes Melhado, Renato Saes Melhado, 32.
Durante cerca de um ano, familiares das vítimas se reuniram para ajudar uns aos outros. “Ajudamos uns aos outros, mas com o tempo fomos perdendo os contatos. Chegamos até a pensar em entrar na Justiça com uma ação coletiva pedindo indenização, mas não tinha de quem cobrar. O motorista do caminhão que causou o acidente também estava morto. Não tinha no que culpar a concessionária da rodovia, menos ainda o governo. Fora os custos que teríamos com advogado, que eram pagos mensalmente naquela época, enquanto durasse o processo”, continuou Melhado.
Segundo o boletim de ocorrência registrado na época, o motorista do caminhão baú Nelson Ferreira Brito perdeu controle do veículo, atravessou o canteiro central e atingiu a van dirigida por Josué da Silva Braga, que entrou em chamas. Os dois e as 11 professoras que iam para Campinas para um curso de aperfeiçoamento não conseguiram sair dos veículos e morreram em meio ao fogo, antes da chegada do resgate.
Vítimas da tragédia:
 
Conceição Aparecida Terza Cardinalli
Cristina Chaves Moreira
Cristina Raimundini Vasconcellos
Ivani Aparecida Queiroz Perez
Marinalva Gimenes Colossal
Marlene Aparecida Menuzzo Paredes
Odete Faustino da Costa
Paulina Rosa
Raquel Saes Melhado
Sandra Bazan Tonin
Sônia Maria Machado Batista
Nelson Ferreira Brito
Josué da Silva Braga

Um comentário:

  1. A perda foi triste minha tia Marinalva Gimenes Colossal era uma pessoa formidável, mãe, amiga, educadora exemplar, até hoje a dor é imensa, a saudade nunca diminuirá, pois, o seu sorriso jamais sairá de minha mente.

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