Fonte:Veja
Objetivo é especializar 5.000 brasileiros no exterior em áreas vinculadas à indústria do petróleo, gás natural, energia e biocombustíveis
A Petrobras anunciou nesta segunda-feira que oferecerá nos próximos
seis anos cerca de 5.000 bolsas de estudos para que estudantes
brasileiros possam especializar-se no exterior em áreas vinculadas à
indústria do petróleo, gás natural, energia e biocombustíveis. O plano
da Petrobras, no valor de 320,9 milhões de reais, foi aprovado pela
Agência Nacional do Petróleo (ANP).
O objetivo do projeto é atender parte da crescente demanda brasileira
por mão de obra especializada em áreas estratégicas. A Petrobras prevê a
futura contratação de milhares de empregados para iniciar a exploração
do pré-sal, que pode transformar o Brasil em um grande exportador de
petróleo.
Segundo a ANP, o plano da Petrobras prevê a concessão entre 2012 e 2017
de 2.754 bolsas de estudos para estudantes de graduação e 1.901 bolsas
de estudos para estudantes de doutorado na modalidade sanduíche - em que
o aluno estuda no exterior por até 12 meses e retorna ao país para
continuar o curso As outras 345 bolsas de estudos serão concedidas a
estudantes que pretendam realizar seus doutorados integralmente (quatro
anos) no exterior.
Além do financiamento do custo dos estudos, os beneficiados receberão
as passagens de ida e volta, ajuda para instalar-se no exterior e um
seguro de saúde. O plano de bolsas de estudos da empresa petrolífera faz
parte do Ciência Sem Fronteiras, programa de bolsas de estudos para
estudos no exterior lançado em dezembro passado pela presidente Dilma
Rousseff e que até 2014 beneficiará 100.000 alunos universitários com um
investimento de 2 bilhões de reais.
Dilma já assinou acordos com diferentes países, entre eles Estados
Unidos, França e Reino Unido, para que suas universidades ofereçam vagas
aos estudantes brasileiros. A Petrobras vinha reivindicando perante a
ANP a possibilidade de destinar a suas bolsas de estudos parte dos
recursos que por lei tem que investir em pesquisa no Brasil.
Uma cláusula das concessões petrolíferas no Brasil prevê que as
empresas invistam até 1% de sua receita em projetos de pesquisa,
desenvolvimento de inovações, ciência e tecnologia. A ANP aceitou os
argumentos da empresa para que a concessão de bolsas de estudos para a
especialização de estudantes possa ser entendida como investimento em
pesquisa.
A Petrobras já havia anunciado na semana passada que oferecerá 11.000
vagas em cursos gratuitos de petróleo e gás em diferentes cidades do
país para formar mão de obra especializada no setor que possa ser
contratada em futuros concursos.
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