Entre as cidades da RMC (Região Metropolitana de Campinas), não há mulheres nas Câmaras de Cosmópolis, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Santo Antônio de Posse. Ao todo, a região conta com 212 cadeiras no legislativo, mas apenas 20 são ocupadas por mulheres.
Nas demais cidades, no entanto, a presença feminina é baixa, tendo, no máximo, duas mulheres. Em Campinas, cidade com maior número de cadeiras, apenas uma vereadora representa o gênero entre os 33 membros do Legislativo.
Para Bruno Speck, cientista política e professor doutor do Departamento de Ciências Políticas da Unicamp, a baixa quantidade de mulher ainda é reflexo da cultura do País. “A legislação delimitou até onde podia, já que a votação depende do voto dos eleitores”, afirma.
Segundo o especialista, sistemas eleitorais específicos, como o argentino, garantiriam a igualdade nas eleições. “A Argentina trabalha com listas fechadas, na qual os candidatos eleitos são alternados por gênero. Acredito que, por enquanto, somente assim os legislativos seriam compostos por um número iguais de homens e mulheres”, afirma.
Sandra de Almeida Laura, 46, vai tentar a candidatura para vereadora nas próximas eleições pelo PT. Militante há 23 anos, Sandra decidiu se candidatar pela primeira vez. “O cenário político sempre foi machista, mas hoje a visão está mudando”, avalia.Fonte:Todo Dia
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